sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Momento Revolta - Tentando reservar quarto em Pousada


Hoje o assunto não é desenvolvimento, nem tecnologia. Quero apenas desabafar sobre uma coisa absurda que me aconteceu a alguns dias. Tudo começou quando eu e minha esposa decidimos aproveitar um dos fins de semana de janeiro para ir a praia, dar uma relaxada. Depois de discutir um pouco, resolvemos que iriamos para o Guarujá. Decidido o lugar, passamos a procurar um lugar para ficar durante o fim de semana. Depois de pesquisar um pouco na internet e pegar algumas referências, decidimos pela pousada canto do forte . Entrei em contato com a pousada, confirmei a data e os valores. A pousada me enviou um e-mail com todas as informações, inclusive as informações bancárias para o depósito dos 50% para a confirmação da reserva.

Como estava dentro do esperado, parti para a próxima etapa, que era o depósito dos 50% para a confirmação da reserva. Fiz o depósito, e conforme as instruções recebidas, enviei o comprovante do depósito por fax para a pousada. Depois disso, começou o pesadelo. Até o outro dia, no período da tarde, ainda não haviam me enviado nada confirmando a reserva. Como esta demora não é muito normal, resolvi entrar em contato com a pousada para saber se eu receberia um e-mail de confirmação, algum voucher ou qualquer outra coisa informando a confirmação da reserva. Qual não foi a minha surpresa, quando a pessoa que me atendeu disse que não havia nenhuma informação sobre a minha reserva no sistema, e pior, mesmo eu tendo feito o depósito ele não poderia confirmar a reserva, pois a pousada trabalhava com no mínimo, 4 diárias para reserva. Haviamos combinado apenas 2 diárias. As minhas opções eram: completar os 50% das 4 diárias, ou ele me devolveria o valor que depositei.

Conversei com o atendente, expliquei que queria que a pousada cumprisse o combinado nos primeiros contatos, afinal, ninguém merece ter que procurar hotéis duas vezes por erro dos outros. O rapaz me disse que a gerência determinou o mínimo de 4 diárias e não haveriam exceções. Pedi para conversar com o gerente, recebi a resposta de que ele não estava na pousada, mas que eu poderia deixar o número da minha conta para a realização do estorno. Falei que gostaria de conversar com o gerente antes de qualquer coisa. Após aproximadamente uma hora, o proprietário da pousada me ligou, dizendo que estava em São Paulo e que por isso não havia me atendido anteriormente. Ele me falou que o problema foi provocado por uma funcionária, que seria demitida por este erro (como se isso fosse do meu interesse). Mais uma vez tentei argumentar, afinal, eu cumpri todas as exigências da pousada, já havia feito o depósito, todos os contatos que havia recebido foram em nome da empres e finalmente, disse que a culpa não era minha se eles erraram e mais uma vez reiterei para que ele, como proprietário, cumprisse com o combinado. Ele me disse que precisava manter o seu controle financeiro e administrativo, e era para isso que existia a política do mínimo de 4 diárias. 

Após esta conversa, me enviaram um e-mail "retificando" o que haviam me falado inicialmente, e mais uma vez dizendo que minhas opções eram o reembolso ou completar o valor para a reserva das 4 diárias. Respondi por e-mail mais uma vez (dessa vez um pouco de teimoso mesmo), que eu esperava mesmo é que a empresa cumprisse com o acordo. Deixei claro que estava me sentindo enganado com toda esta situação e que me certificaria pessoalmente que a empresa também pagasse pelo erro. Afinal, independente de a comunicação da pousada ser falha, ou os funcionários serem incompetentes, a culpa não é minha. No fim, nem se deram ao trabalho de responder ao e-mail ou fazer qualquer outro contato, apenas fizeram a devolução do valor que eu havia pago.

Depois de tudo isso, eu queria mais é o meu dinheiro de volta mesmo. É muita conversa mole, com certeza o dono da pousada não quis "perder" 2 diárias, sendo que, certamente alguém pagará as 4 diárias que ele quer. Eu achei isso tudo uma tremenda falta de respeito, fizeram todos os contatos falando uma coisa, e mesmo após receberem o MEU dinheiro não avisaram que a reserva não seria feita, eu precisei ligar para ser informado disso. E olha, que nem entrei na questão de que isso que esta pousada está fazendo é venda casada, portanto, ilegal. Recomendo fortemente que quem pensar em ir para o Guarujá, fuja dessa tal pousada canto do forte.

Foram mais dois dias pesquisando hotéis e pousadas, mas creio que valerá a pena. Encontrei outra pousada pelo mesmo valor, tão bem localizada quanto a primeira, e que aceitou fazer a reserva apenas para o fim de semana. O melhor de tudo é que o check-out desta nova pousada é até as 18 hrs da tarde, portanto não precisaremos acordar e correr para arrumar malas em pleno domingo de manhã. Poderemos fazer com calma e curtir a viagem ao máximo. Ainda não vou dizer qual é a tal pousada, se ela for boa mesmo, faço um post exclusivo na volta da viagem.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Considerações sobre "Agile vs Tradicional"


Quem acompanha a cena ágil, deve ter percebido que ultimamente tem saído muitas faíscas entre especialistas de diversas metodologias, boas práticas, modelos de processo ou seja lá qual for o nome dado a todas estas "entidades" que se propõe a dizer como desenvolver software. Temos o relatório do SEI sobre CMMI e Agile , a crítica sobre problemas de Usabilidade ao usar Agile para desenvolvimento e mais alguns que não me recordo agora. Isso sem falar nas inúmeras discussões que ocorreram nas listas de discussão que acompanho.

No meio disso tudo, acabei me deparando com o post do Bruno Pedroso no eXPresso Capital . Achei sensacional as suas colocações sobre todas essas "implicâncias". Só gostaria de complementar com o seguinte, não acredito que exista o melhor e o pior jeito de fazer alguma coisa, existe apenas o que funciona e o que não funciona. E a beleza da coisa está justamente no fato de que algo pode funcionar perfeitamente em um lugar e em outro ser um estrondoso desastre.

Agora, voltando as picuinhas, é nesses momentos que me decepciono com o ser humano, porque é ai que posso ver o nível da nossa hipocrisia. Todos condenam o preconceito, todos dizem que devemos ter a mente aberta, todos dizem que devemos estar preparados para novas possibilidades, mas quando o calo aperta, fazem justamente o contrário, se acovardam, se fecham, se escondem e se blindam em seus mundinhos. A grande verdade é que, na maioria das vezes o que vale mesmo é a "lei da conveniência". Em outras palavras, o conveniente para mim está certo, se não é conveniente, pelo menos que os outros fiquem piores que eu. 

Quando agile começou a ser visto com interesse, muitos especialistas promoviam agile dizendo que as abordagens tradicionais eram burocráticas e improdutivas. Por outro lado, quem ganhava dinheiro com as práticas tradicionais, rebatiam dizendo que agile não oferecia nenhum mecanismo de controle, não havia documentação para nada, que os processos eram bagunçados e assim por diante. Ao meu ver isso é mais ou menos como promover maconha, falando que cigarro dá cancer; ou como vender peixe, dizendo que carne vermelha tem muito colesterol. Enfim, é completamente absurdo.

Agora que agile é visto como uma realidade, a briga é pra ver qual metodologia é a melhor. Quanta besteira. A impressão que fica, é que as abordagens para desenvolvimento de software vem tornando-se meros produtos, onde o grande objetivo é ganhar o mercado do concorrente, não importa como, nem mesmo a qualidade do produto oferecido. Nessas horas, quando o produto que um especialista vende tem alguma falha, basta esconde-la apontando falhas do produto concorrente, mesmo que seja preciso inventar uma. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Após um longo Inverno


Eu estou de volta, dei uma parada para dar conta das coisas do dia-a-dia, pois os últimos meses foram bastante corridos. Agora a correria está maior ainda, então percebi que se eu for esperar as coisas ficarem mais tranquilas, vou abandonar o blog pra sempre.

Estou fazendo este post para anunciar que a algum tempo já tenho a versão final do meu trabalho de conculsão da pós-graduação. Já fiz todas as correções solicitadas pela banca, imprimi e encadernei em capa-dura. Quem quiser ver o original, acredito que já deve se encontrar disponível na biblioteca da Fatec Sorocaba, ou estará em breve. Mas se você é uma pessoa moderna, pode baixar a versão digital do trabalho aqui.

Como agora estou voltando a ativa, em breve postarei coisas mais interessantes.